MEU QUERIDO PAPAI NOEL
Fui uma das muitas crianças que acreditou em Papai Noel.
Quando se falava em Natal, a minha inocência não lembrava de Jesus.
Mas Ele estava ao meu lado, talvez até sorrindo ao me pegar escrevendo a cartinha pro Papai Noel.
A meninada alegre dizia o que havia pedido.
Era uma festa!
-Pedi um carrim dos Bombeiros!
-E eu uma bicicleta!
As meninas só tinham um pedido: bonecas.
E a gente tinha que dormir cedo porque Papai Noel ficaria zangado e não viria deixar o presente.
O dia amanhecia com nossa zoada pelas calçadas agarrados aos brinquedos.
O Dalberto vinha da outra rua puxando seu carrinho, uma lata cheia de areia.
O dia amanhecia com nossa zoada pelas calçadas agarrados aos brinquedos.
O Dalberto vinha da outra rua puxando seu carrinho, uma lata cheia de areia.
Brincávamos a valer.
Não existia maldade entre nós.
Mas numa noite de Natal, flagrei minha mãe colocando o presente.
Mas numa noite de Natal, flagrei minha mãe colocando o presente.
Lembro que olhei pra ela e tentei disfarçar.
Mas não houve jeito. Papai Noel morreria ali, diante dos meus cinco anos.
Mas não houve jeito. Papai Noel morreria ali, diante dos meus cinco anos.
Comecei a ficar adulto a partir daquele momento...