domingo, 29 de janeiro de 2012

NO PÉ DOIS

Jamais negarei: a mulher tinha um corpaço de fazer inveja a qualquer mulher sem TPM.
Mas se negava andar de ônibus. E falava alto:
-Totó, eu sou  chique!
Ainda me botou um nome de cachorro. Pegou o que tinha e se foi.
E eu fiquei, feito um abestado olhando pra lua.
Mas a lua não ia me dar dinheiro.
A lua se torna bonita quando você a vê de um ângulo que respira amor.
E eu estava era sufocado pela perda da mulher.
Voltando ao assunto:
Como meu salário  ainda não dá pra comprar um carro, recorro aos ônibus e topiques.
Por favor, não exclamem:
-Mas um jornalista andando de ônibus?
Pois é, eu mesmo fico admirado dessa condição.
Mas na ponta do lápis logo percebo que decididamente não nasci pra ter um carro.
O salário da rádio é pra pagar isso,
os free de publicidade mais isso...
Ainda aparece uma mulher que nunca vi cobrando paternidade.
-Esqueceu do Carlim?
Carlim? Mas quem é Carlim?
-Seu filho, benzim!
Bem dizia minha mãe, que Deus a tenha:
-Deixa de beber, Antonio!

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